1. Assumir uma postura passiva diante do tratamento. Estratégias de enfrentamento da doença (coping skills) são essenciais para o sucesso. O paciente deve focar nas possibilidades e não nas incapacidades: “ Eu não posso correr, mas posso fazer natação. Eu não consigo fazer aquela viagem, mas posso ir ao cinema…
2. Não ter expectativas realistas sobre os resultados. Um resultado de melhora parcial já é uma vitória. Não se deve esperar uma melhora de 100% para retomar a vida e suas atividades. Os pacientes que continuam exercendo atividade laborativa e social, apesar da dor, têm melhores resultados a longo prazo.
3. Medo de usar medicações. Os prejuízos físicos, emocionais e financeiros que a dor crônica causa são piores que o uso crônico de medicações.
4. Não aguardar o tempo e dose certos para uma medicação fazer efeito. A maioria dos moduladores de dor demora pelo menos um mês para começar a fazer efeito. Por outro lado, as medicações possuem doses-alvo a serem alcançadas. Isto leva algum tempo e ajustes que são personalizados para cada paciente.
5. Desistir de uma medicação por efeitos colaterais iniciais. Os efeitos colaterais iniciais tendem a desaparecer com o uso regular de uma medicação e seus benefícios demoram um tempo de uso para serem percebidos.
6. Não fazer atividade física. Os exercícios físicos inicialmente podem causar desconforto no paciente com dor crônica, mas com o tempo, ajudam a melhorar os sintomas continuamente.
7. Não mudar seus hábitos alimentares. Excesso de açucar, defumados, gorduras, bebidas alcóolicas e cafeína causam um estado “inflamatório crônico” que dificulta a melhora da dor.
8. Não aceitar ajuda psicológica. “Eu não tenho problema emocional, eu tenho dor”. Este é um engano… As vias límbicas, da emoção, estão intimamente ligadas ao controle de dor. Além disso, pacientes com dor crônica desenvolvem mais sintomas ansiosos e depressivos. O paciente que aceita ajuda psicológica, melhora suas estratégias de enfrentamento e tem mais sucesso em seu tratamento.