Os princípios gerais que regem o tratamento da dor crônica envolvem tratamento não medicamentoso, tratamento medicamentoso e procedimentos invasivos. Prática de exercícios físicos, mudanças de hábitos alimentares, higiene do sono, apoio psicológico, terapia física (inicialmente com um programa de exercícios aeróbicos, fortalecimento, alongamento), entre outros, são medidas não farmacológicas essenciais para o tratamento dos pacientes. Esta seja talvez a parte mais difícil, pois depende da participação ativa e disciplina do paciente. Iremos falar sobre cada um destes itens.
O tratamento farmacológico visa respeitar as orientações da Organização Mundial de Saúde, a qual desenvolveu uma escada analgésica de três degraus para guiar o uso seqüencial de drogas, no tratamento da dor.
Medicações mais utilizadas
Antidepressivos tricíclicos: o efeito analgésico dos tricíclicos é independente de seu efeito antidepressivo, sendo geralmente obtido com doses mais baixas. Os tricíclicos têm vários mecanismos de ação, incluindo o bloqueio dos canais de sódio e aumento da atividade noradrenérgica.
Anticonvulsivantes: são usados para a dor neuropática, provavelmente por inibirem a hiperexcitabilidade neuronal. Novos anticonvulsivantes como a gabapentina e pregabalina são as melhores escolhas, atuando em canais de cálcio, com poucos efeitos colaterais. A carbamazepina pode ser usada em dores lancinantes como a que ocorre na neuralgia do trigêmio. Opióides: são seguros e muito menos propensos a causar dependência do que se pensava no passado. O maior avanço tem sido o desenvolvimento de opióides de ação lenta que permitem níveis plasmáticos estáveis por períodos prolongados. Também podem ser administrados pelas vias transdérmica e transmucosa.
Agentes tópicos: como a capsaicina, uma medicação derivada da pimenta, podem ser úteis como adjuvantes no tratamento da alodinia mecânica. A lidocaína pode ser tentada quando as membranas mucosas são envolvidas.
Bloqueios Anestésicos
São alternativas às medicações por via oral, com bons resultados. Realizados a partir de injeções locais em determinados nervos, músculos ou articulações. Visam diminuir as doses utilizadas de analgésicos orais, realizar sinergismo com as medicações orais, diminuir a sensibilização periférica.
Neuromodulação: é uma opção não destrutiva e reversível que se caracteriza pelo implante de eletrodos programáveis adjacentes à coluna dorsal da medula espinhal, nos nervos periféricos lesados ou nas raízes acometidas, e em alguns casos, dentro do cérebro.
bom dia.sofro de dtm que para ja dize,m que e so muscular,que me provoca mt dores na cervical,e consequentemente dores de cabeça,tomo anlgesicos mas nao faz mt efeito.qual a medicalao mais indicada para o caso.meu dentista receitoume relmus mas nao vi melhoras.alem de usar goteira para o bruxismo
Prezado Jorge, geralmente é possível utilizarmos nestes casos vários grupos de medicações, tais como, relaxantes musculares, neuromoduladores ou antidepressivos que atuam com relaxamento muscular.É preciso avaliar melhor seu exame físico da face e da coluna cervical para saber se existe componente neuropático associado ou apenas dor miofascial (muscular) e se há também a possibilidade de bloqueios anestésicos. Assim, seria necessária uma avaliação médica para escolher uma medicação para você. Atenciosamente, Dra Karen