Continuo insistindo no tema “alimentação e dor”…
Percebo com frequência, no consultório, que alguns pacientes que mudaram hábitos de vida e hábitos alimentares, apresentaram melhora importante de suas crises de migrânea (enxaqueca). É claro que a alimentação não é a causa da enxaqueca. Esta, é uma doença de origem genética, com forte influência ambiental e hormonal, especialmente na mulher adulta. Entretanto, associado a uma avaliação médica adequada e ao tratamento medicamentoso, é essencial investir em medidas de mudanças de hábitos. Entre estas medidas, as que parecem exercer maior impacto no tratamento, seriam exercícios físicos regulares e medidas de dieta.
Para exemplificar alguns alimentos que merecem atenção e devem ser evitados:
Cafeína: substância presente no chocolate, no café e em bebidas como chá preto e refrigerantes pode provocar enxaqueca se consumida em excesso. Geralmente, indica-se que o consumo não exceda o equivalente a três pequenas xícaras de café ao dia.
Glutamato monossódico: é um tempero que realça o sabor, comum em produtos industrializados.
Nitritos e nitratos: estão presentes em alimentos como salame, presunto, mortadela e salsicha. Possuem ação vasodilatadora, que pode desencadear a dor.
Aminas: estão presentes em bebidas alcoólicas, como cerveja e vinho (em especial o tinto), queijos maturados, embutidos, molho de soja e carnes defumadas.
Lactose: para algumas pessoas que têm intolerância à essa substância, presente no leite e seus derivados, a enxaqueca pode ser agravada. Não devemos evitar leite e derivados para todas as pessoas com enxaqueca, visto ser um alimento altamente nutritivo.
Frutas cítricas: limão, laranja e abacaxi podem desencadear crises em quem sofre de enxaqueca. O mecanismo parece ter relação com metabolismo do cobre.
Jejum prolongado: ficar por mais de 3 horas sem se alimentar também pode desencadear dores de cabeça. A hipoglicemia (baixa do açúcar no sangue) seria a deflagadora da dor nestes casos.