Estivemos na última semana, em São Paulo, no Congresso Brasileiro de Dor. Entre algumas novidades de tratamentos, podemos ressaltar o lançamento de duas medicações tópicas em forma de adesivo (patch). Uma medicação à base de lidocaína, para tratamento de regiões de dor neuropática, e uma segunda constituída por um analgésico opioide (derivado de morfina), para tratamento de dor oncológica refratária. As medicações para uso cutâneo (patch), muito utilizadas fora do Brasil, trazem algumas vantagens de posologia e diminuição de efeitos colaterais, uma vez que não necessitam passagem pelo trato digestivo para serem metabolizadas.
Um segundo comentário sobre o Congresso: muito interessante a exposição de trabalhos artísticos feitos por pacientes, com apoio do Laboratório Zodiac. Os sentimentos expostos refletem bastante a impressão clínica que temos dos pacientes com dor crônica, a sensação de impotência e desespero que sentem. E a saída envolve exatamente a conscientização de que é possível vencer a dor e sobre as formas de reabilitação deste paciente, as quais envolvem o fortalecimento do auto-cuidado.