Dieta e dor crônica

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Os hábitos dietéticos atuais, que privilegiam alimentos com excesso de sódio, açúcar e gorduras saturadas, têm causado prejuízos importantes na saúde do indivíduo e facilitado o desenvolvimento de doenças crônicas. A Organização Mundial de Saúde publicou dados a respeito em interessante artigo (Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases. World Health Organ Tech Rep Ser 2003. 916:1-149).

Com relação à dor crônica os últimos estudos têm enfatizado que uma nutrição adequada é a base de uma boa saúde, além de previnir a dor crônica. Como exemplos, déficits de vitamina B12 e ácido fólico podem desencadear neuropatias dolorosas e o déficit de vitamina D pode desencadear dor osteomuscular. Os estudos mais recentes indicam que inclusão de alimentos que possuam em sua constituição ômega 3, ômega 6, vitamina D e baixa quantidade de poliaminas (presentes em carnes e produtos industrializados) podem auxiliar o tratamento da dor. Por outro lado, alimentos contendo flavonoides (derivados da uva por exemplo), ácido alfa-lipóico (vegetais verdes), antioxidantes e magnésio parecem beneficiar os pacientes com dor crônica mas ainda precisam ser melhor estudados. A cafeína faz um papel dual na gênese da dor crônica. Seu uso em excesso (mais que 3 xícaras pequenas ao dia) pode estar relacionado à abstinência e cefaleia de rebote. Por outro lado, pequenas quantidades ingeridas podem beneficiar a ação de outras medicações como paracetamol. Muita atenção ao uso de cafeína, que inclusive está também presente em bebidas derivadas da cola e chás!

Estes dados estão no estudo : “Food, pain, and drugs: Does it matter what pain patients eat?” Pain 153 (2012) 1993–1996.

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